Repórter: Michelle Ferret
Entrevistada: Renata Marques
R:Como um grupo se sente com tamanha negligência?
E: O ato é uma resposta de insatisfação. A proposta do Ato de ocupação, amanhã na FJA, é mobilizar os grupos envolvidos nos editais para chegarmos juntos e resolver de uma vez por todas esse impasse com a FJA. Pra não ter essa história de dizer uma coisa pra cada um outra coisa pra outro, sabe? Estaremos lá durante todo o horário de funcionamento da FJA. Vamos armar nosso mini-circo, acompanhar um dia-a-dia da FJA e exigir uma conversa direta com os responsáveis por essa negligência.
É importante ressaltar que não é só questão de dinheiro. Vai além, é respeito! Poxa, se você fez o trabalho ou ganha um edital, há um planejamento por parte do grupo, de investimento ou pagamento, por exemplo. Atrasos acontecem, até entendemos, mas o problema é que junto do atraso nesse caso há o descrédito. Quem foi pago pela FJA dentro do prazo, que levante a mão! É desgastante e desistumulante fazer um trabalho pra receber sabe-se lá quando. Merecemos uma fundação de cultura assim? O que está acontecendo ?
É claro que não estamos esperando o governo ou o municipio para realizar as ações da nossa Companhia, estamos criando outros meios também. Mas o poder público é um alicerce fundamental para a valorização dos nossos trabalhos. Chega de ações pontuais e sem credibilidade!
Nossa ação está focada no FJA, mas no âmbito municipal as coisas não são muito diferentes. Acabei de ler no jornal Diário de Natal que a Capitania das Artes estava em falta com seus funcionários há pelo menos quatro meses. Nós passamos também num edital municipal que deveria ser realizado esse ano e só vai ser concretizado próximo ano.O que aconteceu com as verbas para cultura esse ano? Alguém me explica!?
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