12 fevereiro 2009

Tropa Trupe no Espetáculo "O Circo do Seu Bolacha"



Fotos: Caterina
A Tropa Trupe, em parceria com o grupo de teatro Quatro Cantos, exibiram no Teatro Alberto Maranhão o Espetáculo Infantil "O Circo do Seu Bolacha" no dia 01 de fevereiro de 2009. A história trata de um dono de circo (Seu Bolacha) que deseja vendê-lo por não ter mais artistas, a não ser dois palhaços que tentam de todas as formas convencê-lo ao contrário. Nos devaneios do Seu Bolacha de como era o lindo circo dele antigamente, surge a Trupe exibindo diversificadas técnicas circenses, como perna de pau, pirofagia, malabares, tecido acrobático e lira aérea. Este espetáculo pode ser solicitado por escolas e é uma ótima pedida para a criançada!

2 comentários:

  1. O CIRCO DO BOLACHA
    --- Walter Medeiros
    Inesperado, como tanta coisa que me acontecem, me vi, de repente, sentado no meio de uma platéia com gente de todas as idades, para assistir ao circo. Não era para isso que eu tinha saído de casa com Graça e Saulo, nosso neto. Já havia tomado aquele café na Casa do Pão de Queijo – o melhor café das redondezas; comprado uma revista na Siciliano, onde olhei de relance as prateleiras e vi que ainda havia alguns exemplares do meu livro mais novo – “Onde está o atendimento?”; passado a vista nos filmes em promoção nas Americanas, enquanto eles lanchavam no MC Donald’s. Mas o fato é que estava sentado naquela platéia. Um circo, de repente, à minha frente.
    E lá se ouve a voz do apresentador anunciando o início do espetáculo. Ao redor, crianças com aquelas bechigas coloridas, algodão doce, pipoca, gritos e sorrisos. Entram os palhaços Ping Pong e Dominó. Depois vêm outros, inclusive aquele da perna de pau; os malabaristas fazendo coisas que eu também faço, mas não perguntaram se alguém ali fazia aquilo. Um sonho inesquecível, em meio a uma luta, pois o dono do circo, Seu Bolacha, anunciou a queima-roupa que ia vender o circo. Que desespero! Deu trabalho para aqueles palhaços o demoverem da idéia.
    Mesmo sendo por necessidade, ele resolveu procurar forma de manter o espetáculo, pois concordou com seus artistas: o que seria das crianças se não tivessem mais o circo? No mínimo seria uma injustiça priva-las desse direito que seus pais e seus avós tiveram. Como ficaria a situação dos seus filhos, quando crescessem? Que motivo alguém teria para sorrir, sabendo que o maior instrumento de alegria teria destino incerto? O Circo não pode fechar, porque o mundo precisa de alegria, sorriso, mágicas, palhaços, malabaristas, contorcionistas, trapezistas, motociclistas.
    Pois o espetáculo teve de tudo; até cantores, com músicas que foram gravadas para a eternidade, cantadas por trás daqueles rostos pintados dos palhaços inquietos e tão bonitos, que igualavam a platéia, cheia de crianças de todas as idades. Pois é. Não saí de casa para ir ao circo, mas fui. É por isso que existe o acaso. Para nos fazer mais felizes até nas horas em que nem esperamos. Enfim, todos aplaudiram muitas vezes. Bater palmas faz bem; e batemos palmas porque estamos bem... Tanto faz. Batemos palmas. VIVA O CIRCO!

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  2. Grande artigo Walter!

    Bonito e sincero.

    Grande abraço,

    Equipe Tropa Trupe

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